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SEO

Google page experience: o que é e como impacta o SEO do seu site

Google page experience: o que é e como impacta o SEO do seu site
Marco Marmo

Autor

Marco Marmo

Data

03 agosto, 2025

8 min. de leitura


O Google Page Experience valoriza sites que priorizam a experiência do usuário, colocando-os nas primeiras posições de resultados

A forma como os usuários interagem com páginas na internet se tornou um dos fatores mais relevantes para o desempenho de um site nos mecanismos de busca. Com cada vez mais concorrência por atenção e cliques, oferecer uma navegação rápida, estável e intuitiva deixou de ser um diferencial e passou a ser uma exigência para quem quer se destacar nos resultados do Google.

Nos últimos anos, o buscador tem reforçado a preocupação com a qualidade da experiência do usuário, refletindo isso diretamente em suas atualizações de algoritmo. Nesse cenário, aspectos técnicos e perceptivos relacionados à forma como uma página carrega, responde e se comporta ganharam protagonismo. É nesse contexto que surge um conceito importante para o SEO atual: o Google Page Experience.

O que é Google Page Experience?

O Google Page Experience é um conjunto de critérios definidos pelo Google para avaliar a qualidade da experiência do usuário ao interagir com uma página da web. Em vez de analisar apenas o conteúdo, essa métrica considera também aspectos técnicos e de usabilidade, como a velocidade de carregamento, a estabilidade visual e a responsividade em dispositivos móveis.

A ideia é simples: páginas que oferecem uma navegação fluida, segura e sem frustrações tendem a ser mais bem avaliadas nos resultados de busca.

Essa abordagem faz parte de uma visão mais ampla do Google, que busca priorizar não apenas o conteúdo mais relevante, mas também aquele que proporciona a melhor experiência da página. O Google Page Experience, portanto, funciona como um "filtro de qualidade", permitindo ao algoritmo distinguir entre dois conteúdos semelhantes com base em como eles se comportam tecnicamente para o usuário final. Assim, sites que atendem melhor a esses critérios têm maiores chances de conquistar posições de destaque na SERP (página de resultados de busca).

Quais são os dados que compõem o Page Experience?

O Google Page Experience é formado por um conjunto de sinais que avaliam se uma página oferece uma experiência positiva ao usuário. Esses dados são coletados a partir de interações reais dos usuários e incluem tanto métricas técnicas quanto elementos relacionados a usabilidade e segurança.

Embora o conteúdo ainda seja o fator mais importante para o ranqueamento, essas sinalizações ajudam o Google a identificar quais páginas merecem destaque quando vários conteúdos têm qualidade semelhante.

Acompanhe a leitura e confira os principais dados que compõem o Google Page Experience.

Core Web Vitals (Sinais vitais da web)

Um grupo de métricas que avalia o desempenho da página em aspectos como:

  • LCP (Largest Contentful Paint): tempo de carregamento do maior elemento visível na tela.
  • FID (First Input Delay): tempo de resposta da página à primeira interação do usuário.
  • CLS (Cumulative Layout Shift): estabilidade visual da página durante o carregamento.
  • Compatibilidade com dispositivos móveis: avalia se a página é adaptada corretamente para diferentes tamanhos de tela, com navegação intuitiva e sem elementos difíceis de interagir.
  • Navegação segura (safe browsing): verifica se o site está livre de malware, software enganoso ou práticas consideradas perigosas para o usuário.
  • Conexão HTTPS: garante que a página utiliza protocolo seguro, protegendo dados transmitidos entre o usuário e o servidor.
  • Ausência de intersticiais intrusivos: avalia se a página evita o uso de pop-ups ou banners que atrapalham a visualização do conteúdo principal, especialmente em dispositivos móveis.
  • Esses dados são analisados em conjunto, para formar uma visão mais completa da experiência do usuário. Um bom desempenho nesses pontos não substitui conteúdo relevante, mas pode fazer a diferença na hora de conquistar melhores posições na busca.

Por que o Page Experience é um fator de ranqueamento?

A experiência da página é considerada um fator de ranqueamento porque está diretamente ligada à qualidade da experiência que o usuário tem ao acessar uma página. O Google tem como missão entregar os resultados mais úteis e relevantes — e isso vai além do conteúdo em si.

Se uma página oferece boas informações, mas carrega lentamente, apresenta instabilidade visual ou é difícil de navegar no celular, a experiência do usuário é prejudicada. Isso, por sua vez, impacta negativamente a percepção de valor da página.

Ao incorporar o Google Page Experience ao seu algoritmo, o buscador passou a valorizar não apenas o que o site oferece, mas também a forma como esse conteúdo é disponibilizado. A lógica é simples: entre dois conteúdos similares, aquele que proporcionar uma navegação mais fluida, segura e agradável tem mais chances de ranquear melhor.

Esse fato incentiva os sites a pensarem não só no conteúdo, mas também em aspectos técnicos e estruturais que tornam a visita mais eficiente e satisfatória para o usuário.

Como medir a experiência da página do seu site?

Medir a experiência da página é o primeiro passo para entender em quais aspectos seu site está acertando e em quais precisa melhorar. Felizmente, o próprio Google oferece ferramentas gratuitas e confiáveis para avaliar os principais dados que compõem a experiência da página.

Entre as principais ferramentas para medir a experiência da página, estão:

  • Google Search Console: a seção “Experiência da Página” mostra um panorama geral do desempenho do seu site, destacando problemas em URLs reais, com base em dados de usuários. Também apresenta relatórios específicos dos Core Web Vitals para desktop e mobile.
  • PageSpeed Insights: analisa URLs individualmente e fornece dados de desempenho baseados em laboratório e na experiência real de usuários. Também indica problemas relacionados a LCP, FID e CLS, além de oferecer sugestões de melhorias.
  • Test My Site (Think with Google): avalia a performance de sites em dispositivos móveis, com foco em velocidade e conversão. Traz recomendações voltadas para negócios.

Boas práticas para otimizar o Page Experience

Oferecer uma experiência de navegação eficiente, segura e agradável é essencial para quem deseja conquistar boas posições nos resultados de busca.

Mais do que cumprir requisitos técnicos, otimizar o Google Page Experience significa priorizar o usuário em cada detalhe da sua página — desde o tempo de carregamento até a forma como o conteúdo é apresentado em diferentes dispositivos.

Entre as principais boas práticas para melhorar o Page Experience do seu site, estão:

  • Otimizar os Core Web Vitals;
  • Garantir responsividade total;
  • Implementar HTTPS em todas as páginas;
  • Evitar intersticiais intrusivos;
  • Melhorar o tempo de resposta do servidor;
  • Otimizar imagens e recursos pesados;
  • Evitar erros técnicos recorrentes;
  • Oferecer uma navegação intuitiva, com menu claro, hierarquia de informações bem definida e uma estrutura lógica de páginas.

Impactos do Page Experience nas atualizações do Google

Nos últimos anos, o Google tem reforçado o papel da experiência da página como parte de suas atualizações de algoritmo, sinalizando uma mudança clara no foco da busca: a experiência do usuário se tornou um critério técnico de relevância.

Com isso, sites que oferecem uma navegação lenta, instável ou desconfortável passaram a ter mais dificuldade para competir por posições nas páginas de resultados — mesmo quando possuem bom conteúdo.

A introdução dos Core Web Vitals como fatores de ranqueamento foi um marco nessa mudança. A partir da Page Experience Update, o Google passou a considerar dados reais de uso (field data) para avaliar a performance das páginas.

Isso impactou especialmente sites que já enfrentavam problemas de usabilidade em dispositivos móveis, nos quais a concorrência e a exigência por velocidade são ainda maiores.

Com o tempo, o Google ajustou o peso desses fatores, deixando claro que, embora o conteúdo continue sendo o principal elemento de ranqueamento, a experiência da página pode funcionar como critério de desempate entre sites com qualidade similar. Em outras palavras, quando dois conteúdos atendem à mesma intenção de busca, aquele que oferece uma navegação melhor tende a se destacar.

Além disso, com a chegada da Search Generative Experience (SGE), a tendência é que a experiência da página ganhe ainda mais relevância, já que respostas mais interativas e visuais exigem estruturas técnicas bem otimizadas e compatíveis com as novas formas de apresentação dos resultados.