Em diversos momentos quando fui apresentar mídias sociais para empresas, um número considerável de diretores e executivos torceram o nariz, pensando que esse tipo de serviço não agregava valor profissional, mas apenas gerava entretenimento. Diante das circunstâncias, pensei rapidamente numa breve, tosca e básica explicação, a fim de suprir a necessidade de compreensão para o momento. O bom de tudo é que, desse material, consegui desenvolver algo mais sistemático (e em breve mais sofisticado), que espero poder de fato ajudar aos profissionais de gestão em mídias sociais.
Redes Sociais é meio de comunicação
Dizer que redes sociais, mídias sociais, Facebook, Twitter, YouTube etc, são ferramentas de entretenimento é um erro. Porém, dizer que fazer desses canais meios para o entretenimento, sim, é verdade certeira. Mas não para por aí: significa que sua utilidade é muito mais ampla.
A diferença de um meio de comunicação tradicional para as redes sociais é que esta última, como já evidencia a nomenclatura, é social. A dinâmica para se comunicar difere consideravelmente, uma vez que cada contato é tratado como uma pessoa presente, porém, virtualmente, e de forma horizontal. É uma comunicação de frente e não de cima para baixo.
Redes sociais é aproximação
Há algum tempo atrás, quando a internet ainda engatinhava, as empresas, presidentes e executivos se mostravam muito longe dos consumidores. Era uma comunicação vertical, que impedia uma interação direta. Hoje, com o advento das mídias sociais, podemos nos achegar livremente a um CEO (Chief Executive Officer) e questioná-lo sobre tudo (se irá responder é outra situação); ou podemos conversar com alguma empresa, fazendo observações, propostas, reclamações etc.
Caso essas figuras respondam, aquele que iniciou a conversa ficará muito mais satisfeito e, inclusive, transmitirá de diversas formas aos seus contatos que a empresa ou o CEO foram atenciosos. Há um marketing melhor do que um consumidor satisfeito?
Redes sociais é glocal (terminologia utilizada pelo comunicólogo Eugênio Trivinho)
Embora fisicamente estejamos longe uns dos outros, estamos também pertos; ou, embora estejamos aqui, podemos estar ali, em outro estado ou do outro lado do mundo! Podemos estar no ônibus, no metrô, numa fila ou em qualquer outro lugar ausentes fisicamente, mas sempre presentes virtualmente. Isto é, nunca haverá ausência fora de alguma conexão com a internet.
Redes sociais é branding
Juntamente com a comunicação, elas nos permitem consolidar a imagem de um determinado produto, marca ou pessoa.
Pare um momento e tente se lembrar daquele indivíduo que faz aqueles posts horríveis ou daquele que faz posts interessantes… Lembrou? Percebeu como é marcante? Os chatos você os tem com os feeds cancelados, já os legais, sempre habilitados.
Essa é a impressão que fica (impressão no sentido literal, de ficar gravado). Os posts legais são lembrados imediatamente e isso é o verdadeiro branding da social media!
Redes sociais explicita tendências
Vai dizer que você nunca se deparou com um dia do bigode ou dia da toalha, do publicitário, ou com um meme do Jackie Chan, ou até mesmo com aquelas imagens com frases de pessoas famosas? Tudo isso – e muito mais – é tendência das redes sociais. É ali que você encontra o formato para trazer a atenção do seu público.
Ou vai querer continuar fazendo aqueles posts altamente corporativos e desinteressantes? Ou melhor: posts coxinha? (linguagem da social media)
As redes sociais são meios poderosos para compartilhar e receber novas ideias, aprender, ficar por dentro dos fatos, identificar tendências, criar imagens de tudo o que quiser e assim por diante. Não fazer parte é como se retirar para o deserto do norte da África, esperar brotar da areia um Facebook em poucos segundos e sair Mark Zuckerberg lhe dando a mão para nomeá-lo sócio majoritário da empresa… só que não.
É para tudo isso que existe o gerenciamento em redes sociais.